O SENHOR TE CHAMA


"Gostaria de dizer àqueles e àquelas que se sentem longe de Deus e da Igreja, aos que têm medo ou aos indiferentes:
O Senhor também te chama para seres parte do seu povo, e o faz com grande respeito e amor!" EG, n.113.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

COMO PODEMOS CORRESPONDER À RESPONSABILIDADE QUE NOS FOI CONFIADA PELO SENHOR?

RECOMEÇAR A PARTIR DE DEUS

Numa época em que, para muitos, Deus Se tornou o grande Desconhecido, não haverá um relançamento da obra missionária sem a renovação da qualidade da nossa Fé e da nossa Oração.

O poder das capacidades humanas acaba por ser considerado a medida do agir, separado de qualquer norma moral.

Como podemos corresponder à responsabilidade que nos foi confiada pelo Senhor?

Como podemos semear com confiança a Palavra de Deus, para que cada um possa encontrar a verdade de si mesmo, a sua autenticidade e esperança?
Estamos conscientes de que não são suficientes novos métodos de anúncio evangélico ou de obra pastoral, para fazer com que a proposta cristã possa encontrar mais acolhimento e partilha.

Na preparação do Vaticano II, a interrogação predominante à qual a Assembleia conciliar tencionava oferecer uma resposta era: "Igreja, o que dizes de ti mesma?". Aprofundando esta pergunta, os padres conciliares foram, por assim dizer, reconduzidos ao cerne da resposta: tratava-se de recomeçar a partir de Deus, celebrado, professado e testemunhado.

Com efeito - exteriormente por acaso, mas de modo fundamental não por acaso -, a primeira Constituição aprovada foi sobre a Sagrada Liturgia: o culto divino orienta o homem rumo à Cidade futura e restitui a Deus o seu primado, plasma a Igreja, convocada incessantemente pela Palavra, e mostra ao mundo a fecundidade do encontro de Deus.

Por nossa vez, embora devamos cultivar um olhar reconhecido pelo crescimento do trigo bom também num terreno que se apresenta muitas vezes árido, sentimos que a nossa situação exige um impulso renovado, que aposte naquilo que é essencial da Fé e da vida cristã. Numa época em que, para muitos, Deus Se tornou o grande Desconhecido e Jesus simplesmente um grande personagem do passado, não haverá um relançamento da obra missionária sem a renovação da qualidade da nossa Fé e da nossa Oração; não seremos capazes de oferecer respostas adequadas, sem um acolhimento renovado do dom da Graça; não saberemos conquistar os homens para o Evangelho, se nós mesmos não formos os primeiros a viver uma profunda experiência de Deus.

A nossa tarefa primária, verdadeira e singular consiste em comprometer a vida no que vale e permanece, naquilo que é realmente fiável, necessário e último.
Os homens vivem de Deus, d'Aquele que procuram - muitas vezes inconscientemente ou apenas às apalpadelas - para dar um significado pleno à existência: nós temos a tarefa de O anunciar e mostrar, de orientar rumo ao encontro com Ele.
Mas é sempre importante recordar-nos que a primeira condição para falar de Deus é falar com Deus, tornando-nos cada vez mais homens de Deus, alimentados por uma vida de oração intensa e plasmados pela sua Graça.
fonte: vatican.va. (Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana - 24.05.2012).


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