O SENHOR TE CHAMA


"Gostaria de dizer àqueles e àquelas que se sentem longe de Deus e da Igreja, aos que têm medo ou aos indiferentes:
O Senhor também te chama para seres parte do seu povo, e o faz com grande respeito e amor!" EG, n.113.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Persignar-se e benzer-se - SINAL DA CRUZ - SINAL DO CRISTÃO

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS - de 08 à 15 de maio de 2016

1 Pedro 2,9-10

"Mas vós sois uma raça eleita, um sacerdócio real, uma nação santa, o povo de sua particular propriedade, a fim de que proclameis as excelências daquele que vos chamou das trevas para luz maravilhosa, vós que outrora não éreis povo, mas agora sois Povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia."

Biblia Jerusalém - Paulus 2002

Para nossa Reflexão, alguns dos textos extraídos do site do Vaticano.

O chamado a ser Povo de Deus

São Pedro declara aos primeiros cristãos que, enquanto estavam em busca de sentido, antes de encontrar o Evangelho, eles não eram um povo. Mas acolhendo o chamado a ser para Deus uma raça escolhida e a receber o seu poder de salvação em Jesus Cristo, eles se tornaram o povo de Deus. Esta realidade se exprime no Batismo que é comum a todos os cristãos e pelo qual estamos renascendo da água e do Espírito Santo (cf. João 3,5). No batismo, nós morremos ao pecado para ressuscitar com o Cristo numa vida nova, da graça de Deus. É um desafio permanente guardar a consciência, dia após dia, desta identidade nova em Cristo.

Como entendemos o nosso apelo comum a ser o “povo de Deus” ?
Como expressamos nossa identidade batismal de “sacerdócio real” ?

A escuta dos altos feitos de Deus

O Batismo inicia a aventura de um novo itinerário de fé pelo qual todo novo cristão se insere no povo de Deus através dos tempos. A Palavra de Deus – quer dizer as Escrituras a partir das quais os cristãos de todas as tradições rezam, estudam e refletem – estabelece entre eles uma comunhão real, apesar de ainda incompleta. Nos textos sagrados da Bíblia que partilhamos, aprendemos como Deus agiu para salvar os homens no decorrer da história da salvação: livrando o seu povo da escravidão do Egito, e no evento que constitui o maior dos seus altos feitos: a ressurreição de Jesus dentre os mortos fazendo-nos todos entrar numa vida nova. A partir disso, a leitura orante da Bíblia convida os cristãos a reconhecer os altos feitos de Deus na sua própria vida.

Como estamos vendo os “altos feitos” de Deus e como estamos respondendo: pela adoração e o louvor, trabalhando para a justiça e a paz ?
Qual valor damos às Escrituras enquanto elas constituem a Palavra da Vida que nos chama ainda mais à unidade e ao compromisso missionário ?

Deus não nos escolheu por privilégio. Ele nos tornou santos, sem por isso dizer que os cristãos são melhores que os outros. Ele nos escolheu com uma finalidade bem definida. Somos santos somente nos comprometendo a servir a Deus, e servi-lo é sempre transmitir o seu amor a toda a humanidade. Ser um povo sacerdotal, é estar ao serviço do mundo. Os cristãos vivem este chamado batismal e testemunham os altos feitos de Deus através de uma grande diversidade de meios:

A cura das feridas: guerras, conflitos e violências de todo tipo feriram a vida afetiva e relacional do povo e de muitos outros. A graça de Deus nos ajuda a implorar o perdão pelos obstáculos que colocamos à reconciliação e à cura, a acolher a misericórdia e a crescer na santidade.

A busca da verdade e da unidade : a consciência da nossa identidade comum em Cristo nos convida a trabalhar para levar uma resposta às questões que nos dividem ainda entre cristãos. Somos chamados, como os discípulos no caminho de Emaús, a partilhar nossas experiências e assim a descobrir que, na nossa comum peregrinação, Jesus Cristo está no meio de nós.

Um compromisso determinado em favor da dignidade humana : os cristãos, que passaram das trevas a maravilhosa luz do Reino, reconhecem a dignidade singular de toda vida humana. Agindo juntos, no plano social e caritativo, estendemos a mão aos pobres, aos necessitados, aos drogados e às pessoas marginalizadas.

Diante do nosso compromisso para a unidade cristã, de que teríamos que pedir perdão?
Já que temos consciência da misericórdia de Deus, como nos comprometemos em ações sociais e caritativas com outros cristãos ?

Sal e Luz

A celebração ecumênica assume os símbolos bíblicos – a vela acesa e o sal – para expressar visualmente os altos feitos que somos chamados a anunciar ao mundo, como cristãos batizados. Jesus utiliza estas duas imagens evangélicas no Sermão na Montanha: o sal e a luz (cf. Mt 5,13-16). Elas expressam nossa identidade de cristãos : Vós sois o sal... Vós sois a luz..., e descrevem nossa missão : sal da terra... luz do mundo ...



O sal e a luz são imagens do que os cristãos devem dar aos homens e mulheres do nosso tempo: nós recebemos uma palavra de Deus que dá gosto à vida, esta vida que, tão frequentemente, pode parecer fosca e vazia; e usamos uma palavra de graça que guia as pessoas, as ajuda a se situarem e lhes permite compreender o que elas são e qual é o mundo em que elas vivem.

Leituras para reflexão:

Isaias 55, 1-3
Salmo 145, 8-9.15-16.17-18.
1 Pedro 2, 9-10