Para uma nova disposição de fé, de esperança e de caridade dos católicos, a Iniciação Cristã que hoje a Igreja deseja recuperar tem como fundamento e ponto de partida uma instância oficial, com recursos humanos e materiais específicos: é o QUERIGMA, o anúncio alegre, direto e incisivo do Cristo vivo (cf.At 2,22-24;5,29-32).
Esta premissa que parece se repetir continuadamente nos textos atuais, certamente não é nem significa uma opção pastoral totalmente nova, mas é o centro da própria evangelização. O anúncio de Cristo vivo e a resposta de conversão de quem O acolhe é o que dá possibilidade de uma Iniciação Cristã verdadeira e de um crescimento contínuo na fé, pois as pessoas não se aprofundarão naquilo que nunca as motivou.
Por isso, a Igreja deve ter presente o querigma em todas as suas ações, para comunicá-lo àqueles a quem o convite é oficial e que devem se iniciar na fé cristã e, especialmente quando se dirige à grande massa de batizados não convertidos. Estes substancialmente desconhecem a pessoa e o anúncio de Jesus Cristo e, portanto, o que Ele significa em sua vida pessoal, eclesial e social. Há tamb´pem a necessidade de um anúncio missionário aos não cristãos, àqueles que depois serão iniciados no catecumenato batismal propriamente dito.
Se a evangelização se compromete também como uma ação educativa, não se pode deixar de educar e de acompanhar a conversão inicial - consequência do primeiro anúncio e do querigma - assim como a educação da conversão permanente na fé. É necessário formar o catequista para acompanhar estes processos, particularmente os de querigma e de Iniciação Cristã.
Não é fácil para nenhum pastor vislumbrar a maneira de empreender caminhos pastorais que facilitem erradicar o costume de nossos povos de procurar os sacramentos, desligados da vivência do Evangelho que dê sentido às suas vidas e às suas responsabilidades cotidianas. Lutar abertamente contra esta mentalidade mágico-sacramental é um desafio histórico difícil de vencer.
É necessário voltar a anunciar a Cristo em nossos ambientes. Sem dúvida, trata-se de uma urgência pastoral: ou anunciamos Jesus Cristo novamente ou o mundo já não será mais cristão.
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