A etapa da ação missionária inclui ações como o testemunho, a caridade, o serviço, a promoção humana, a presença transformadora no mundo, o diálogo, o primeiro anúncio e o querigma. Estes dois últimos visando à conversão a Cristo e à vinculação na Igreja. O primeiro anúncio e o querigma fazem parte do ministério da palavra; as demais ações pertencem ao ministério da diaconia, ainda que o querigma também acompanhe e se faça presente no momento da iniciação e da vida em comunidade. DGC 49.
O primeiro anúncio, teológica e pedagogicamente, é uma ação diferente e integrante da catequese de iniciação (DGC 61-62) pois seus propósitos, destinatários, linguagens e metodologias são diferentes. O primeiro anúncio e o querigma, na etapa da ação missionária, orientam-se para despertar o interesse pelo evangelho e a suscitar a conversão e a conduzir à vida comunitária e de serviço ao mundo. Por isso, a catequese é consequência do primeiro anúncio missionário e querigmático.
A prática, porém, indica que, desde o Diretório Catequético Geral publicado em 1971, como a Catechesi Tradendae, e no Diretório Geral para a Catequese pubicado em 1997, é preciso levar em consideração o fato de que, às vezes, a primeira evangelização não aocnteceu, tanto em relação às crianças, adolescentes e jovens, como em relação aos adultos. Por isso, a catequese não deve se preocupar somente em alimentar a fé, mas em despertá-la continuamente nas pessoas, abrindo-lhes o coração, preparando-as para uma adesão global a Jesus Cristo. Em outras palavras, a catequese deve desenvolver e cumprir tarefas missionárias e prévias à sua função propriamente iniciatória; o que é conhecido como catequese missionária. A catequese missionária se diferencia e não pode ser confundida e muito menos suprir a ação de primeiro anúncio, porque seus destinatários já possuem algum interesse pelo evangelho, enquanto que no primeiro anúncio esse interesse precisa ser despertado.
A Igreja tem a urgente tarefa de priorizar o diálogo e o testemunho para se aproximar da grande quantidade de batizados não convertidos e de cristãos que tem aumentado no atual contexto sócio-cultural.
A Igreja existe para evangelizar (Evangelli Nuntiandi), em particular o novo contexto cultural, marcado fortemente pelo pluralismo religioso, onde existem muitos valores, mas também situações como o agnosticismo e a evasão às grandes perguntas existenciais e no qual a Igreja deve acentuar o diálogo alegre e propositivo. Deste modo, aqueles que se sentem afastados de sua mensagem, poderão descobrir que a Igreja desperta neles perguntas esquecidas sobre o sentido da vida, abre-lhes novos horizontes, dando-lhes um testemunho convincente de fraternidade e de solidariedade; ao ser autenticamente dialogante, a Igreja não somente propõe e anuncia, mas, também escuta, aprende e se enriquece.
Com isso, a Igreja demonstra que se interessa efetivamente por todo ser humano e que os católicos se preocupam e desejam verdadeiramente que seus irmãos sejam felizes. No fundo, para isso exige-se o testemunho coerente dado pelos discípulos já maduros, com ênfase na diaconia; de outro modo, não haverá possibilidade de que as pessoas afastadas se interessem sequer em escutar a respeito de Jesus e de seu Evangelho.
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