O SENHOR TE CHAMA


"Gostaria de dizer àqueles e àquelas que se sentem longe de Deus e da Igreja, aos que têm medo ou aos indiferentes:
O Senhor também te chama para seres parte do seu povo, e o faz com grande respeito e amor!" EG, n.113.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Reflexão dos Evangelhos: Jo 19,31-37 ; Lc 2,41-51; Mc 4,26-34


Jo 19,31-37 "Um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água". 

Onde a mesquinhez parecia levar a melhor, num zelo pela 'festa', há espaço para o sinal de um amor até o fim: o coração aberto. A lança que traspassa o lado daquele que já havia entregue o espírito, indica a radicalização do desejo de morte. Só um desejo de amor infinito poderia fazer frente àquele desejo. Não é somente com a morte que Jesus nos ama; ele nos ama na vida: o coração aberto na cruz é somente o desfecho de um coração sempre aberto a todos. Se a vida de Jesus nos faz conhecer a Deus, como Deus é - e é isso que nós cremos - então, realmente, ele nos convence que Deus é amor.
Jesus, manso e humilde de coração, fazei nosso coração semelhante ao vosso!

Lc 2,41-51 "Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente". 

A palavra de hoje é uma escola de vida familiar. Diante de uma situação difícil, a perda do filho, a família permanece unida pra resolver o problema. A possível desatenção em relação ao filho, não gera acusações pra se desculpar: os pais voltam juntos para Jerusalém. Há diálogo respeitoso e sincero, com perguntas e respostas que iluminam o acontecido. O desfecho é a obediência de Jesus: sua obediência ao seu Pai é mediada pela obediência a José e Maria.


Mc 4,26-34: “A TERRA POR SI MESMA PRODUZ FRUTO.” 

Esta metáfora do Reino nos liberta do orgulho de construirmos o Reino; aliás, atrás desta pretensão está escondido o veneno de Adão: tomar o fruto e não estender a mão para recebê-lo. A nossa cooperação com Deus é sempre na resposta ao dom que nos precede. Aqui, está o primado da graça, que não só não dispensa, mas também exige todo nosso esforço ascético para deixar Deus agir em nós, não impedi-lO com nossa pressa voraz e desejosa de tudo controlar. É Deus que tem de estar no controle! A essência do pecado é nos distanciarmos da Verdade, da verdade radical do nosso ser ‘dependente de’. Não podemos buscar vida independente de Deus, por nós mesmos. Busquemos confiar mais, orar mais, entregar-nos mais, depender mais, esperar mais; preocupar-nos menos, agitar-nos menos, correr menos, estressar-nos menos. Senhor, dá a mim e aos meus amigos a graça de não desanimarmos no cultivo do grão de mostarda. Que creiamos que, pela Tua graça, quando quiseres, o Reino, entre nós, será uma árvore frondosa. Que venha o Teu Reino e que eu o acolha. Amém!

Fonte: Pe José Otácio O. Guedes

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