O SENHOR TE CHAMA


"Gostaria de dizer àqueles e àquelas que se sentem longe de Deus e da Igreja, aos que têm medo ou aos indiferentes:
O Senhor também te chama para seres parte do seu povo, e o faz com grande respeito e amor!" EG, n.113.

segunda-feira, 25 de março de 2013

SIGNIFICADO DAS CELEBRAÇÕES DO TRÍDUO PASCAL

Quinta-feira Santa

É o dia em que se faz memória da Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ministerial.
Na terça-feira da semana santa, nossa comunidade diocesana, reunida na Igreja em volta do bispo, celebra a Missa Crismal, na qual são abençoados o sagrado crisma, o óleo dos catecúmenos e o óleo dos enfermos.

A partir do Tríduo Pascal e durante todo o Ano Litúrgico, estes óleos serão utilizados para os sacramentos do Batismo, da Confirmação (ou Crisma), das ordenações sacerdotais e episcopais e da Unção dos enfermos; nisso evidencia-se como a salvação transmitida pelos sinais sacramentais, brota precisamente do mistério pascal de Cristo.

Durante a missa crismal, realiza-se também a renovação das promessas sacerdotais. Em todo o mundo, cada sacerdote renova os compromissos que assumiu no dia da ordenação, para ser totalmente consagrado a Cristo na prática do sagrado ministério ao serviço dos irmãos.

À tarde de quinta-feira (santa), tem ínio o Tríduo Pascal, com memória da Última Ceia, durante a qual Jesus instituiu o memorial da sua Páscoa, cumprindo o rito pascal judaico. Segundo a tradição, cada família judaica, reunida à mesa na festa da Páscoa, come o cordeiro assado, fazendo memória da libertação dos israelitas da escravidão do Egito; assim, no cenáculo, consciente da sua morte iminente, Jesus, verdadeiro Cordeiro pascal, oferece a si mesmo pela nossa salvação.

Pronunciando a benção sobre o pão e o vinho, Ele antecipa o sacrifício da Cruz e manifesta a intenção de perpetuar no meio dos seus discípulos: sob as espécies do pão e do vinho, Ele se torna presente de modo real, com o seu corpo oferecido e o seu sangue derramado. Durante a Última Ceia, os apóstolos são constituídos ministros desse Sacramento de Salvação; Jesus lava-lhes os pés, convidando-os a amarem-se uns aos outros como Ele os amou, dando a vida por eles. Repetindo este gesto na Liturgia, também nós somos chamados a testemunhar com os fatos o amor do nosso Redentor.

O dia é encerrado com a adoração eucarística, na recordação da agonia do Senhor no Jardim do Getsêmani. Tendo deixado o Cenáculo, Ele se retirou para rezar, sozinho, diante do Pai. Naquele momento de comunhão profunda, os Evangelhos narram que Jesus sentiu grande angústia, um tal sofrimento que o fez suar sangue.

Nesta situação, sobressai também um elemento de grande importância para toda a Igreja. Jesus diz aos seus: "Permanecei aqui e vigiai"; e este apelo a vigilância diz respeito a este momento de angústia, de ameaça, na qual chegará o momento proditório (traiçoeiro), mas diz respeito a toda a história da Igreja.

Sexta-feira Santa

Neste dia faremos memória da paixão e da morte do Senhor, adoraremos Cristo crucificado, participaremos dos seus sofrimentos com a penitência e com o jejum. Dirigindo "o olhar para aqueles que trespassaram", poderíamos haurir do seu coração dilacerado que efunde sangue e água como de uma nascente; daquele coração, do qual brota o amor de Deus por todos os homens, recebemos o seu Espírito.
Por conseguinte, acompanharemos Jesus que sobre ao Calvário. Adoramos a cruz de Cristo às 15h. da sexta-feira santa.
Deixemos-nos guiar por Ele até a cruz e recebamos a oferenda do seu corpo imolado.
"Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo".

Sábado Santo.

Por fim, na noite do Sábado Santo, celebraremos a solene Vigília Pascal, na qual nos é anunciada a ressurreição de Cristo, a sua vitória definitiva sobre a morte que nos interpela a ser nEle, homens novos.

Participando nesta santa vigília, a noite central de todo o Ano Litúrgico, faremos memória do nosso batismo, no qual também nós fomos sepultados com Cristo, para poder ressuscitar com Ele e participar no banquete do céu.

Procuremos compreender o estado de ânimo com que Jesus viveu o momento da prova extrema, para compreender o que orientava o seu agir. O critério que guiou cada opção de Jesus durante toda a sua vida foi a firme vontade de amar o Pai, de ser um com o Pai, e ser-lhe fiel; esta decisão de corresponder ao seu amor levou-o a abraçar, em todas as circunstâncias, o projeto do pai, a fazer seu o desígnio de amor que lhe foi confiado de recapitular nEle todas as coisas, para reconduzir tudo a Ele.

Ao reviver o Tríduo santo, disponhamo-nos a aceitar também nós na nossa vida a vontade de Deus, conscientes que na vontade de Deus, mesmo se parece difícil, em contraste com as nossas intenções, encontra-se o nosso verdadeiro bem, o caminho da vida. A Virgem Mãe nos guie neste itinerário e nos obtenha do seu Filho divino a graça de poder empregar a nossa vida por amor a Jesus, ao serviço dos irmãos.

UMA FELIZ E SANTA PÁSCOA!


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