A Igreja tem em alta consideração a vida espiritual do catequista.
Muitos são os testemunhos: "A missão confiada ao catequista exige dele uma intensa vida sacramental e espiritual, o hábito da oração, o sentido profundo da excelência da mensagem cristã, a atitude de caridade, humildade e prudência". (Diretório Geral Catequese, 114).
Catechesi Tradendae (João Paulo II, 1979) evidencia no catequista a espiritualidade do discípulo, que se coloca na escola do Mestre, tornando-se seu porta-voz, vive em profunda comunhão com ele, coloca-se em sintonia com as inspirações do Espírito Santo, Mestre interior, e se deixa guiar por ele, para transmitir a mensagem evangélica com alegria, com entusiasmo e coragem.
Catequese Renovada qualifica o catequista como pessoa "de profunda espiritualidade" (CR 146), que "leva uma vida de oração" (CR 148,151). Por isso diz que " a formação deve ter o cuidado de desenvolver... principalmente sua vivência pessoal e comunitária da fé, seu compromisso com a transformação do mundo" . A espiritualidade do catequista, para ser autêntica, deve estar integrada com a vida concreta.
O cultivo da espiritualidade do catequista é processo permanente. Está presente e anima os diversos elementos de sua ação. Influencia as opções pedagógicas e metodológicas. Provoca a interação entre vida e fé. Torna mais transparente e visível a mensagem cristã que ele vive em comunidade e transmite através de sua ação catequética.
A espiritualidade do catequista deve ser:
- Bíblica
- Cristocêntrica
- Eclesial
- Mariana
- Encarnada, ligada à realidade do povo
- Litúrgica.
Atitudes principais para formação da espiritualidade do catequista são:
- Relacionamento pessoal e profundo com o Pai;
- Seguimento de Cristo nas atitudes e no interesse pelo Reino de Deus, fruto de uma adesão sincera;
- Docilidade à ação do Espírito Santo;
- Comunhão com a Igreja, comunidade que evangeliza, celebra e testemunha Jesus Cristo;
- Amor filial a Maria, mãe e modelo do catequista;
- Vivência do mistério cristão e da missão catequizadora dentro de grupo de catequistas;
- Escuta com fé e fidelidade da palavra de Deus que se manifesta na Bíblia, na Igreja e nos acontecimentos;
- Integração dos aspectos celebrativos da liturgia e da piedade popular;
- Vida sacramental, de oração e contemplação encarnada na vida do povo;
- Sentido de serviço para com todos;
- Espiritualidade do trabalho e da ação;
- Amor aos empobrecidos e vivência da pobreza evangélica;
- Alegria de ser evangelizador.
Fonte: Formação de Catequistas, Docto 59 CNBB, cap.V.
Texto para orientadores e formadores de catequistas
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