O SENHOR TE CHAMA


"Gostaria de dizer àqueles e àquelas que se sentem longe de Deus e da Igreja, aos que têm medo ou aos indiferentes:
O Senhor também te chama para seres parte do seu povo, e o faz com grande respeito e amor!" EG, n.113.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

AS PRINCIPAIS VERDADES DA FÉ A RESPEITO DE MARIA

As principais Verdades da Fé professadas pela Igreja a respeito de Maria, também denominadas como Dogmas Marianos, são quatro: sua maternidade divina, a virgindade perpétua, sua imaculada conceição e sua gloriosa assunção.

Maternidade Divina: Este Dogma foi definido pelo Concílio de Éfeso, no ano de 451 para combater os erros de Nestório que ensinava que Maria não podia ser chamada a Mãe de Deus, pois seria somente mãe de Jesus enquanto homem. Maria é aclamada sob o impulso do Espírito Santo, como "Mãe de meu Senhor" (Lc 1,43), desde antes do nascimento do seu filho. Ora, se Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, pois Ele não deixou de ser Deus, mas assumiu, enquanto Deus, a nossa humanidade, como poderia Maria ser mãe de apenas parte de Jesus, se ele não é metade Deus e metade homem. Isto seria algo no mínimo ilógico. Sendo assim, Maria é a mãe de Jesus, e como Jesus é Deus, então, Maria é mãe de Deus.

Virgindade Perpétua: A conceição virginal de Maria ultrapassa toda compreensão e possibilidade humana, pois o que foi gerado nela é obra do espírito Santo (Mt 1,20), em cumprimento à profecia em Is 7,14.
Maria foi virgem antes, durante e depois do parto (Lc 1,26-28; Mt 27,55-56; Jo 19,25-27). Isto não deve ser compreendido como uma diminuição do valor da vida conjugal, mas compreendido como reflexo do ardente desejo de Maria de se dedicar total e inteiramente a seu único filho.
Santo Agostinho nos ensina que Jesus ao ser concebido a encontrou virgem e uma vez nascido a deixa virgem, lhe concedendo a fecundidade sem privá-la da sua integridade. Dessa forma, Ele tomou de Maria um corpo real e autêntico tendo sua mãe permanecido virgem. E este mesmo santo nos ensina ainda que aquele que é admirável nasceu admiravelmente. "Nosso Senhor entrou por sua livre vontade no seio da Virgem... Engravidou sua Mãe, todavia sem privá-la da sua virgindade. Tendo-se formado a si mesmo, saiu e manteve íntegra as entranhas da mãe. Desta maneira, revestiu aquela de quem se dignou nascer, com a honra de mãe e com a santidade de virgem..." (Santo Agostinho).

Imaculada Conceição: Esta verdade de fé foi proclamada pelo Papa Pio IX no dia 8 de dezembro de 1854. Por meio da bula "Ineffabilis Deus": "Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que sustenta que a bem-aventurada Virgem Maria foi, desde o primeiro instante de sua concepção, preservada e imunizada de toda mancha do pecado original por uma graça e favor de Deus Todo Poderoso em vista dos méritos de Jesus Cristo, salvador do gênero humano, é uma doutrina revelada por Deus e, como tal, deve ser aceita firme e constantemente por todos os fiéis."
O fundamente bíblico dessa verdade está, basicamente, na saudação do anjo à Maria (Lc 1,28). Para ser a Mãe do Salvador, Maria foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função. No momento da Anunciação, o anjo Gabriel a saúda como cheia de graça. Quando se diz que alo está cheio, significa que não há espaço para mais nada por já estar repleto, pleno. Sendo assim, Maria é cheia, plena, repleta de graça; e ela é plena da graça, não há nela espaço para o pecado. Ela nasceu sem o pecado original.
Ao longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que Maria, cumulada de graças por Deus, foi redimida desde a sua concepção. Essa remissão vem inteiramente de Cristo, pois em vista dos méritos de seu Filho, foi redimida de um modo mais sublime. Como poderia Deus habitar no ventre de alguém para dalí formar sua própria carne a partir de uma carne pecadora? Se assim o fosse, Ele também nasceria com uma carne manchada, e não poderia nos libertar (era necessário que alguém "não-escravo" libertasse os escravos), por herdar uma carne marcada pelo pecado de sua mãe.
A respeito da Imaculada Conceição um grande santo da Igreja diz: "Que arquiteto, erguendo uma casa de moradia, consentiria que seu inimigo a possuísse inteiramente e habitasse?" (São Cirilo de Jerusalém).

Assunção ao Céu: Esta Verdade de Fé foi definida pelo Papa Pio XII em 1950. Assim foi a proclamação: "... a glória de Deus onipotente que concedeu a Maria sua especial benevolência para honra de Seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte para maior glória de sua augusta mãe e para a alegria e júbilo de toda a Igreja, pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos santos apóstolos Pedro e Paulo e a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma revelado por Deus que: a Imaculada Mãe de Deus sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi assunta à glória celeste em corpo e alma".
Maria foi a primeira a aceitar Jesus, e deste modo, foi a primeira cristã a participar do triunfo sobre a morte, que atinge todo o nosso ser, corpo e alma. A finalidade deste dogma e despertar os homens para o futuro feliz reservado a todos os que obedecem à Palavra de Deus.

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