O querigma é a proclamação de um evento histórico-salvífico e, ao mesmo tempo, um anúncio de vida. Enquanto proclamação de um evento histórico, o querigma é o anúncio de que Jesus de Nazaré é o Filho de Deus que se fez homem, morreu e ressuscitou para a asalvação de todos. Enquanto anúncio de vida, o querigma ultrapassa ps limites de tempo e de espaço, abraça toda a história e oferece aos homens uma esperança viva de salvação. Cristo está vivo e comunica a sua vida realizando as promessas feitas por Deus Pai a seu povo, por meio dos profetas, no Antingo Testamento (Cf. Rm 16,25-27; Mt 12,41; Lc 11,32).
O querigma é o anúncio do nome, do ensinamento, da vida, das promessas, do Reino e do mistério pascal de Jesus de Nazaré, Filho de Deus (cf.EN, n 22), que acompanha todo o processo da evangelização. As demandas e desafios deste anúncio é que reacendem na igreja, em cada etapa de sua história, a urgência da tarefa missionária. Isto é, o desafio de ser uma Igreja em estado permanente de missão.
O querigma é anúncio e proclamação para suscitar a fé nos ouvintes e manter acesa sua chama, de modo que acolhendo Jesus como Filho de Deus, Senhor e salvador participem da sua própria vida, da vitória sobre a morte, e alcancem, assim, a vida eterna (cf Jo 20,31).
O querigma é um anúncio pelo qual se atualiza a irrupção do espírito de Deus que transforma a face da terra e converte os corações. Para os judeus e para os gregos do início do cristianismo, como para muitas pessoas do nosso tempo, esta mensagem pode parecer loucura ou escândalo (cf.1Cor 1,2-10), porque baseada não na arte retporica dos homens, nem na sabedoria deste mundo, mas somente no poder do Espírito Santo (At 2,4). Com efeito, o anúncio e a experiência da fé se baseiam "no poder de Deus e não na sabedoria humana" (1Cor 2,5). Por meio do querigma, pois, um fato novo acontece na história: a salvação é oferecida.
O querigma é o anúncio da chegada do Reino de Deus na pessoa de Jesus, realizando o ideal da justiça ardentemente desejado pela humanidade. A soberania de Deus, cheia de misericórdia, se manifesta em Jesus Cristo (cf.1Cor 1,13; 2 Cor 3,9; 5,21; Ef 4,24; Fil 1,11) e se traduz no amor aos pecadores, aos pobres e àqueles que se reconhecem necessitados.
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