CONTEÚDO
DO “RITUAL DE INICIAÇÃO CRISTÃ DE ADULTOS”
1. Encontramos
duas introduções:
1) “A
iniciação cristã: observações preliminares gerais”;
2)
“Introdução ao Rito da iniciação cristã de adultos”.
Os
cinco capítulos:
Capítulo
1: Ritos do catecumenato em torno de suas etapas;
Capítulo
2: Rito simplificado para a iniciação de adultos;
Capítulo
3: Rito abreviado de iniciação de adultos em perigo ou artigo de morte;
Capítulo
4: Preparação para a confirmação e a eucaristia de adultos que, batizados na
infância, não receberam a devida catequese;
Capítulo
5: Rito de iniciação de crianças em idade de catequese;
Apêndice:
Rito de admissão na plena comunhão da Igreja Católica das pessoas já batizadas
validamente.
2.
QUESTÕES:
a) Com
relação à iniciação cristã, qual é a nossa realidade pastoral?
b) Qual
é a nossa maior necessidade?
3.DIFERENTES
PALAVRAS E EXPRESSÕES:
-
Catequese com jovens e adultos;
-
Catequese de iniciação com jovens e adultos... com adolescentes... com
crianças...
-
Iniciação cristã / Prosseguimento da iniciação cristã / Reiniciação cristã
-
Catecumenato batismal e pós-batismal / Catecumenato crismal / Catecumenato e
catequese.
4.
TEMPOS E ETAPAS DA INICIAÇÃO
pré-catecumenato
catecumenato
purifiacação
e iluminação
mistagogia
5. COMO
PREPARAR UM CATECUMENATO
a)
Despertar a comunidade eclesial para a importância da pastoral da iniciação
cristã;
b)
Suscitar catequistas e introdutores;
c)
Organizar a formação inicial de catequistas e introdutores;
d)
Divulgar e oferecer o catecumenato;
e)
Acolher e começar o acompanhamento personalizado dos interessados através dos
introdutores.
6. O
MINISTÉRIO DOS INTRODUTORES
a) O
que é?
Trata-se de um ministério de
acompanhamento, “ajuda”, semelhante ao dos padrinhos. O acompanhamento é
pessoal, feito através de encontros e conversas informais. Depois da
apresentação mútua, as conversas podem tratar da história de vida, unida à
prática da religião. No final de cada conversa o introdutor reza junto com o
interessado, e/ou faz uma oração de bênção.
b)
Funções:
Nossa sugestão é dar aos introdutores as
funções que o ritual atribui aos padrinhos: “ensinar familiarmente (...) como
praticar o evangelho em sua vida particular e social, auxiliá-lo nas dúvidas e
inquietações, dar-lhe testemunho cristão” e, depois da celebração dos
sacramentos, “velar pelo progresso de sua vida batismal” (Rica, n. 43).
c)
Duração:
Começa no tempo de evangelização, continua
durante o catecumenato e é substituído pelo padrinho ou madrinha, se for o
caso, apenas no final do catecumenato. O introdutor ou introdutora pode ser
convidado a ser padrinho ou madrinha (Cf. Rica, n. 42).
d)
Critérios para escolha:
Que não sejam os mais ativos na comunidade
(pois esses não têm tempo para fazer acompanhamento pessoal), pessoas de fé, já
iniciadas, constantes na vida litúrgica da comunidade e na comunhão
eucarística, orante, atentas à palavra de Deus, amigas dos irmãos de Igreja,
solidárias com os mais pobres, respeitosas para com todas as religiões,
inclusive o catolicismo popular, simples no relacionamento pessoal.
e)
Temas para a formação dos introdutores:
* A
meta da iniciação cristã e sua necessidade pastoral;
* Como se realiza um
catecumenato;
* O que é acompanhamento
espiritual;
* Memória da própria caminhada de
fé (quem o ajudou e como o ajudou);
* Atitude da introdutora ou
introdutor (dicas para se estabelecer uma relação de confiança e amizade,
respeito à diversidade religiosa e de situação matrimonial);
* conteúdo das primeiras
conversas, durante o tempo de evangelização;
* Quando e como vai se dar o
anúncio (ou memória) de Jesus Cristo;
* Outros assuntos que sentirem
necessidade.
8. UMA
PROPOSTA DE TEMPO DE EVANGELIZAÇÃO OU PRÉ-CATECUMENATO, DERIVADO DO RICA
a) O catequista acolhe o
interessado e indica a ele o introdutor. O catequista, basicamente, durante
esse tempo apenas acompanha o trabalho do introdutor.
b)
Depois de algum tempo de acompanhamento pessoal, catequista e introdutor fazem
o anúncio de Jesus Cristo.
c)
Os interessados vão sendo apresentados a pessoas da comunidade.
d)
Quando aparecer conveniente, os interessados são apresentados à comunidade, em
reunião.
e)
Nas celebrações da comunidade são incluídas nas preces intenções pelos
interessados.
f) O ministro ordenado,
catequistas e introdutores, verificam se os objetivos do tempo de evangelização
(ou pré-catecumenato) estão sendo atingidos.
g) Quando os objetivos tiverem
sido atingidos, marcar e preparar a celebração de entrada no catecumenato.
9. OBJETIVOS DO TEMPO DE EVANGELIZAÇÃO OU PRÉ-CATECUMENATO (Cf. RICA, n.
15 e 68)
1° - Adesão a Jesus Cristo;
2º - Conversão de vida;
3° - Senso eclesial.
11.
PRIMEIRA ETAPA DA INICIAÇÃO CRISTÃ: CELEBRAÇÃO DE ENTRADA NO CATECUMENATO
(RICA, n. 68-97)
12. OBJETIVOS DO TEMPO DO CATECUMENATO
1. Fé:
adesão
e vinculação afetiva e efetiva a Cristo;
2.
Conversão:
mudança de vida e perdão dos pecados;
3. Dom
da graça:
introdução no mistério e experiência da salvação de Deus, por Cristo, no
Espírito Santo;
4.
Comunhão:
acolhida e aceitação da convivência e pertença à comunidade;
5.
Compromisso:
participação nas tarefas de edificação da Igreja;
6.
Caridade:
solidariedade com os oprimidos.
13.1- MEIOS
PARA REALIZAR O TEMPO DO CATECUMENATO
Origem
das palavras
Antes de tudo, vejamos o sentido original
das palavras que estamos usando. “A palavra catecumenato procede do
verbo grego katechéin, que significa ressoar, fazer soar aos ouvidos e,
por extensão, instruir, catequizar. Assim, catecúmeno é o que está sendo
instruído, catequizado; mais concretamente, o que está sendo iniciado na escuta
da palavra de Deus. A definição mais antiga de catequista tem também o mesmo
significado. Catequista é o que instrui na Palavra (...) ao discípulo ou
catecúmeno”[1].
[1] Sáez, 1999, v. 1, p. 281.
a) o
que é:
• “O catecumenato é um espaço de tempo em que
os candidatos recebem formação e exercitam-se praticamente na vida cristã” (Cf.
RICA, n. 19);
• Iniciação “no mistério da salvação e na
prática dos costumes evangélicos” (n. 19);
Introdução
“na vida da fé, da liturgia e da caridade do povo de Deus” (n. 19);
Quatro meios: catequese, prática da vida
cristã: liturgia, testemunho e profissão de fé (n. 19).
13.2. CATEQUESE, PRIMEIRO MEIO DO CATECUMENATO
a)
Finalidades:
* levar os catecúmenos “não só ao
conhecimento dos dogmas e preceitos, como a íntima percepção do mistério da
salvação de que desejam participar” (n. 19);
* “esclarecer a fé, dirigir o
coração para Deus, incentivar a participação nos mistérios litúrgicos, animar o
apostolado e orientar a vida segundo o Espírito de Cristo”.
b)
Organização:
* Características: distribuída por
fase, relacionada com o ano litúrgico, marcada por ritos de transição;
* Ritos de transição: marcam a
passagem de uma fase para outra;
Exemplos: unção com o óleo dos
catecúmenos, entrega do símbolo da fé, entrega da oração do Senhor, éfeta e
recitação do símbolo;
- Alternativas: entrega do
mandamento maior do Senhor, entrega do ícone de Cristo, entrega do Magnificat e
outros cantos litúrgicos, entrega da Ave-Maria e do terço;
* Catequese composta de reuniões
catequéticas e celebrações da Palavra de Deus; estas podem terminar com um
exorcismo ou bênção.
c)
Celebrações da Palavra de Deus:
* não é atividade complementar,
mas constitutiva da catequese;
13.3-
finalidades:
- gravar no coração dos
catecúmenos o ensinamento recebido;
- levá-los a saborear as formas e
as vias de oração;
- introduzi-los pouco a pouco na
liturgia de toda a comunidade;
* especiais para os catecúmenos,
de preferência aos domingos, com a presença de membros da comunidade; bem
preparadas, com participação ativa;
* podem focalizar um ensinamento
recebido nas reuniões catequéticas; com uma ou mais leituras bíblicas,
relevantes para a formação; sem necessidade de seguir o elenco de leituras da
missa.
13.4. TESTEMUNHO DE VIDA E PROFISSÃO DE FÉ, QUARTO MEIO DO CATECUMENATO
a)
Finalidade:
aprender a cooperar na evangelização e edificação da Igreja;
b) Como
se realiza:
pelo testemunho da vida e pela profissão de fé.
14. NO
FINAL DOS ENCONTROS E CELEBRAÇÃO: EXORCISMOS E BÊNÇÃOS
14.1. EXORCISMOS (n. 109 e 113)
* Finalidade espiritual:
“purificar os espíritos e os corações, fortalecer contra as tentações, orientar
os propósitos e estimular as vontades...”;
* “... manifestam aos catecúmenos
as verdadeiras condições da vida espiritual, a luta entre carne e o espírito, a
importância da renúncia (...) e a necessidade contínua do auxílio divino”;
* Pode ser ministrado por
catequistas designados pelo bispo.
15. RITOS DE TRANSIÇÃO (n. 103 e
105)
a) Celebração de entrega do
símbolo da fé;
b) Celebração de entrega da
oração do Senhor;
c) Celebração de recitação do
símbolo da fé;
d) Celebração da unção com o óleo
dos catecúmenos;
e) Outros possíveis ritos de
transição a serem criados (Cf. n. 65): entrega do mandamento novo do Senhor,
entrega do ícone de Cristo, entrega da Ave-Maria e do terço, entrega do
Magnificat e outros cantos litúrgicos;
16.
SEGUNDA ETAPA DA INICIAÇÃO CRISTÃ: CELEBRAÇÃO DA ELEIÇÃO OU INSCRIÇÃO DO NOME
(n. 133-151)
17. OBJETIVOS DO TEMPO DA
ILUMINAÇÃO E PURIFICAÇÃO
a) O
que é:
* Terceiro tempo: “preparação
mais intensiva para os sacramentos”; mais relacionada à vida interior que à
catequese; preparação espiritual.
* Normalmente coincide com a
quaresma
b)
Finalidades:
* Iluminação e purificação dos
corações e espíritos;
* Seguimentos de Cristo com maior
generosidade.
18. MEIOS PARA REALIZAR O
TEMPO DA ILUMINAÇÃO E PURIFICAÇÃO
a) recolhimento espiritual com a
comunidade dos fiéis (n. 152): oração, caridade, jejum, escuta da Palavra; (no
Brasil: CF, orações nas casas, via-sacra...)
b) proposta: tempo diário para
leitura do evangelho do dia e oração;
c) nas celebrações os evangelhos
dominicais do ano litúrgico;d) três escrutínios (celebrações penitenciais) para
exame de consciência e penitência;
e) no sábado santo:
- suspensão do trabalho para
oração, recolhimento, meditação e jejum;
- reunião para ritos de
preparação imediata.
19. RITOS DE PREPARAÇÃO IMEDIATA (n. 193)
a) Ritos: recitação do símbolo, éfeta, escolha do nome cristão e
unção com o óleo dos catecúmenos;
b) Possibilidade: ritos inseridos num retiro.
20.
TERCEIRA E ÚLTIMA ETAPA DA INICIAÇÃO CRISTÃ: CELEBRAÇÃO DOS SACRAMENTOS DA
INICIAÇÃO CRISTÃ (n. 208-234)
21. OBJETIVOS DO TEMPO DA MISTAGOGIA (n. 37-40. 235-239)
a) O que é: tempo assinalado pela nova experiência dos sacramentos e
da comunidade (n. 7);
b) Quando: durante o tempo pascal ou nas semanas que seguem à
celebração dos sacramentos;
22. MEIOS PARA REALIZAR O TEMPO DA MISTAGOGIA
* lugar especial dos neófitos nas
missas dominicais, com seus padrinhos;
* Homilias;
* Novas explanações (catequese);
* Celebrações diocesanas
presididas pelo bispo, com os que foram iniciados;
* convivência com membros e
grupos da comunidade;
Celebração
e festa de encerramento do tempo da mistagogia;
Reunião anual no aniversário do
batismo.
CAIVIC - COMISSÃO ARQUIDIOCESANA DE INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ
obrigada senhor por me conceder a graça de ser catequista
ResponderExcluirExcelente explicação. Ajuda muito os novos catequistas.
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