O SENHOR TE CHAMA


"Gostaria de dizer àqueles e àquelas que se sentem longe de Deus e da Igreja, aos que têm medo ou aos indiferentes:
O Senhor também te chama para seres parte do seu povo, e o faz com grande respeito e amor!" EG, n.113.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Reflexão do Evangelho de Mateus Mt 12,46-50; Mt 13,10-17; Mt 13,18-23; Mt 13,36-43

Mt 12,46-50: “TODO AQUELE QUE FAZ A VONTADE DO MEU PAI... ESSE É MEU IRMÃO.” 

Não é a pertença a um grupo que nos fará ‘irmãos’ de Jesus, mas se o nosso alimento for o mesmo dele: fazer a vontade do Pai. Qual é a vontade do Pai? Que vivamos como Jesus, pois Ele é a regra da vida cristã. Quaisquer mandamentos ou leis deverão ser submetidos ao Espírito de Jesus. Daí a necessidade que temos de diariamente escutarmos atentamente o Evangelho para colhermos nele os critérios de Jesus. Hoje, Jesus nos pede para quebrarmos toda pretensão que venha de algum privilégio recebido ou adquirido, fazendo-nos dispostos à obediência total, radical. Essa é a obediência crente, aquela que nos coloca em comunhão com Jesus que se esvaziou, fazendo-se obediente. A Virgem Maria viveu essa obediência crente. Peço essa graça para mim e para meus irmãos. Amém!

Mt 13,10-17: “Porque a vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado". 

As parábolas revelam e escondem: revelam a quem não tem o 'coração insensível' e escondem aos que "ouvem com má vontade". As parábolas falam do Reino de Deus, dos seus mistérios, revelados aos pequeninos. Essa palavra de Jesus deve nos inquietar: o Reino é conhecido por nós, ou estamos no grupo dos que não conhecem? Que não seja uma mera especulação, está o fato de que tal conhecimento "é dado". O que depende de nós? Ouvir o que Jesus falou e fala na Igreja, olhar os sinais do Reino entre nós, mas sobretudo, compreender com o coração para distinguir o que vem de Jesus do que lhe é estranho. As parábolas foram contadas para desconcertar os ouvintes, mostrar uma lógica nova nas relações, mostrar o que realmente interessa a Deus e ao seu reinado e o que deve ser matéria de mudança da nossa mente carnal, cheia de conveniências.

Mt 13,18-23: “OS CUIDADOS DO MUNDO E A SEDUÇÃO DA RIQUEZA SUFOCAM A PALAVRA.” 

Jesus explica a parábola do semeador. Com qual desses terrenos você se identifica? Cada pessoa tem seu ponto fraco, seu calcanhar de Aquiles. Cada um deverá estar atento de que terreno pode retirar o tesouro da fé, o primado de Deus na própria vida. Seja o maligno, sejam as preocupações, seja nossa superficialidade, todas essas situações podem sobrevir a nós. O que fazer para guardar a Palavra recebida? Os santos nos ensinam que a primeira missão é procurar estar na vontade de Deus. Ali está nosso abrigo seguro. Outro ponto ensinado pela Virgem Maria é aprendermos a meditar no coração as “coisas” de Deus, a não viver superficialmente. Finalmente, a disposição de recomeçar, de voltar quantas vezes forem necessárias, pois o divino Semeador plantará com Seu perdão a Palavra em nós.

Mt 13,36-43: “O QUE SEMEIA A BOA SEMENTE É O FILHO DO HOMEM.” 

Como a erva recolhida e queimada é a vida de quem abriu mão de ser trigo e viveu como joio: parecendo, mas não sendo. Estamos diante de uma Palavra de promessa e de juízo: ou permanecer ‘no Reino’ ou dele ser tirado. É uma palavra que chama à responsabilidade cada ser humano sobre o modo como administra sua própria vida. Somos livres e podemos fazer o que quisermos com a vida, sabendo, porém, que ela nos foi dada como ‘talento’ do qual deveremos prestar contas. Do administrador se espera que seja fiel. Como ser fiel ao dom da vida? Não vivendo somente para si mesmo, mas gastando-a pelo próximo, indo às “periferias existenciais”, como nos convidou nosso Papa Francisco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário