O SENHOR TE CHAMA


"Gostaria de dizer àqueles e àquelas que se sentem longe de Deus e da Igreja, aos que têm medo ou aos indiferentes:
O Senhor também te chama para seres parte do seu povo, e o faz com grande respeito e amor!" EG, n.113.

terça-feira, 9 de abril de 2013

A LEI E A GRAÇA - (Lei Moral, Lei Natural, Lei Antiga, Lei Evangélica)

A Lei e a Graça.

"Eis a aliança que farei com a casa de Israel: Incutir-lhe-ei a minha lei; grava-la-ei em seu coração. Serei o seu Deus e Israel será o meu povo." (Jr 31,33).

A Igreja nos ensina que o homem é chamado a felicidade, mas por ter sido ferido pelo pecado tem necessidade da salvação de Deus. Então, o socorro divino lhe é dado por Cristo através da lei que o dirige e da graça que o sustenta.

Lei Moral - O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que a Lei Moral é obra da Sabedoria Divina, na qual Deus ensina os caminhos e regras de comportamento que levam à felicidade prometida. É ao mesmo tempo firme em seus preceitos e amorosa em suas promessas. Pode-se definir a lei moral, no sentido bíblico, como uma instrução paterna, uma pedagogia divina.

A Lei é uma regra de comportamento promulgada pela autoridade competente em vista do bem comum. Segundo a Escritura, a lei moral é uma instrução paterna de Deus que proscreve ao homem os caminhos do mal. Pelo poder, sabedoria e bondade do Criador a lei moral supõe a ordem racional estabelecida entre as criaturas para seu bem e em vista de seu fim. A lei moral encontra em Cristo a sua plenitude e sua unidade. Só Jesus Cristo é o caminho da perfeição. Ele é o fim da lei, pois só ele ensina e dá a justiça de Deus. "Porque a finalidade da lei é Cristo para a justificação de todo o que crê" (Rm 10,4)

Toda lei encontra na lei eterna a sua verdade primeira e última A lei é ma ordenação da razão para o bem comum, promulgada por aquele a quem cabe o governo da comunidade.
Cristo é a finalidade da lei Somente ele ensina e concede a justiça de Deus. "As expressões da lei moral variam muito, e todas se acham coordenadas entre si: a lei eterna, fonte, em Deus, de todas as leis; a natural, a lei revelada, compreendendo a Lei antiga e a Nova Lei (ou Lei evangélica); enfim, as leis civis e eclesiásticas" (CIC, § 1952).igual ao outro.

A Lei Natural - É uma participação do homem na sabedoria e na bondade divina, exprimindo o sentido moral, que mostra ao homem, através da razão, o que é o bem e o mal, a verdade e a mentira Exprime a dignidade da pessoa humana e constitui a base dos seus direitos e deveres fundamentais.

A Lei Divina e natural está exposta, em seus principais preceitos, no Decálogo Se baseia na aspiração e submissão a Deus e de se fazer igual ao outro. É chamada de natural em referência a razão própria da natureza humana. Exprime a dignidade da pessoa, definindo seus direitos e deveres fundamentais

A lei natural é imutável e permanente através da história, e subsiste ao fluxo das ideias, dos costumes, que surgem através das épocas, constituindo a base para o progresso dessas ideias; e fornecendo fundamentos sobre os quais o homem pode pautar as suas escolhas e decisões É a base necessária para a lei civil que se relaciona com ela. "Presente no coração de cada homem e estabelecida pela razão, a lei natural é universal em seus preceitos, e sua autoridade se estende a todos os homens Ela exprime a dignidade da pessoa e determina a base de sus deveres fundamentais". (CIC,§ 1956).

A Lei Antiga - Este é o primeiro estágio da Lei revelada. Suas prescrições morais estão resumidas nos "Dez mandamentos". Os preceitos do Decálogo assentam as bases da vocação do homem feito à Imagem e Semelhança de Deus, pois proíbem aquilo que é contrário ao amor de Deus e do próximo e prescrevem o que lhe é essencial.

Segundo a tradição cristã, a lei santa, espiritual e boa (cf. Rm 7,12-16), ainda é imperfeita, pois mostra o que se deve fazer, mas não dá força e graça do espírito para cumprí-la; é ainda uma lei de servidão. Segundo São Paulo, sua principal função é denunciar e manifestar o pecado que forma uma "lei de concupscência" (cf. Rm 7,20) no coração do homem.
A Lei Antiga é uma expressão para o Evangelho, ela profetiza a obra da libertação do pecado que se realizará com Cristo. Sua existência se dá para que o homem compreendendo-na pudesse experimentar a salvação e libertação realizada por Jesus e a vida segundo o Espírito Santo.

A Lei de Moisés contém diversas verdades naturalmente acessíveis à razão. Deus as revelou porque os homens não as conseguiam ler no coração. A antiga Lei é uma preparação para o Evangelho.

A Nova Lei ou Lei Evangélica - Trata-se da perfeição, na terra, da lei divina, natural e revelada. Ela é obra de Cristo que se exprime particularmente no "Sermão da Montanha" É a graça do espírito Santo dada aos fiéis pela fé em Cristo. É operante pela caridade, serve-se do Sermão do Senhor para nos ensinar o que é preciso fazer e dos sacramentos para nos comunicar a graça de fazê-lo (cf. CIC § 1965-1966).

Esta é a plenitude da Lei Antiga, afina-a, ultrapassa-a e aperfeiçoa-a. Não acrescenta novos preceitos exteriores, mas reforma a raiz doa atos, o coração. A Nova Lei é também chamada "Lei do Amor", da liberdade, pois nos conduz a agir segundo o amor, infundido pelo Espírito Santo, e não pelo temor, e nos faz passar do estado de servo para o de amigo de Cristo.
Além de seus preceitos, a Nova Lei comporta também os conselhos evangélicos. Os preceitos são os mandamentos de Deus, que se destinam a afastar tudo o que é incompatível coma  caridade Jé os conselhos evangélicos nos orientam a nos distanciarmos de tudo o que impede o crescimento da caridade em nosso coração; leva a pleno cumprimento, ultrapassa e conduz à perfeição a antiga Lei: as suas promessas, através das bem-aventuranças do Reino dos Céus; seus mandamentos, através da transformação da fonte de suas ações, ou seja, o coração.

Além dos seus preceitos, a Nova Lei comporta os conselhos evangélicos. "De modo especial favorecem igualmente a santidade da Igreja os múltiplos conselhos que no Evangelho o Senhor propõe à observância dos seus discípulos".

"A perfeição da Nova Lei consiste essencialmente, nos preceitos de amor a Deus e ao próximo. Os conselhos indicam caminhos mais diretos, meios mais fáceis, e devem ser praticados conforme a vocação de cada um." (CIC, §1974).

"A Lei Natural outra coisa não é senão a luz da inteligência posta em nós por Deus. Por ela, conhecemos o que se deve fazer e o que se deve evitar". (São Tomás de Aquino).


LIBERDADE E CONSCIÊNCIA - Catequese

"Pois bem, agora, colocai vossos membros a serviço da justiça, em vista da vossa santificação." (Rm 6,19).

O homem foi criado por Deus. Deus criou o homem livre e dotado de razão. Ele lhe conferiu a dignidade de uma pessoa agraciada, com a iniciativa e domínio de seus atos, para que pudesse ele mesmo "procurar seu Criador e, aderindo livremente a Ele, chegar à plena e feliz perfeição"
A liberdade é o poder, baseado na razão e na vontade, de agir ou não, de optar entre o bem e o mal, ou seja, de praticar atos deliberados, portanto, de crescer em perfeição ou de definhar e pecar. Através do livre-arbítrio cada qual dispõe sobre si mesmo. A liberdade alcança sua perfeição quando ordenada para Deus. Ela torna o homem responsável por seus atos na medida em que forem voluntários.
A liberdade é no homem uma força de crescimento e amadurecimento na verdade e na bondade

Contudo, a liberdade do homem é finita e falível. O homem pecou ao recudar o projeto do amor de Deus, e acabou tornando-se escravo do pecado. Desde suas origens, a história comprova os infortúnios e opressões nascida do homem por causa do mau uso da liberdade. De fato, isto é o que ainda acontece quando a nossa liberdade não está direcionada para Deus, pois só n'Ele somos verdadeiramente livres.

Quanto mais praticar  bem, mais a pessoa se torna livre. A escolha da desobediência e do mal é um abuso de liberdade e conduz à "escravidão do pecado". "A imputabilidade e responsabilidade de uma ação podem ficar diminuídas ou suprimidas pela ignorância, inadvertência, violência, medo, hábitos, afeições imoderadas e outros fatores psíquicos ou sociais(..) e para que o efeito ruim seja imputável, é preciso que seja previsível e que o agente tenha a possibilidade de evitá-lo, como, por exemplo, no caso de um homicídio cometido por um motorista embriagado" (CIC, §1735; 1737).

O direito ao exercício da liberdade é uma exigência inseparável da dignidade da pessoa humana O direito à liberdade não significa que o homem possa dizer e fazer tudo o que quiser, pois ele não basta a si mesmo nem deve viver buscando apenas satisfazer seus próprios interesses no gozo dos bens terrestres. Ao fugir a lei moral, o homem se prejudica na sua liberdade, se acorrentando a si mesmo, rompendo a fraternidade com seus semelhantes e rebelando-se contra a verdade divina.

Por sua gloriosa Cruz, Cristo obteve a salvação de todos os homens; nos resgatou do pecado que nos mantinha na escravidão. N'Ele comungamos da "verdade que nos torna livres" (Jo 8,32) 'É para a liberdade que Cristo nos libertou" (Gl 5,1) A graça de Cristo não entra em concorrência com a nossa liberdade, na verdade, quanto mais dóceis formos aos impulsos da graça, mais crescerá em nós a nossa liberdade íntima e a segurança nas provações e diante das pressões e coações do mundo externo. Através da graça, o Espírito Santo nos educa à liberdade espiritual, para fazer de nós livres colaboradores de sua obra na Igreja e no mundo.

Na intimidade da consciência, o homem descobre uma lei. Ele não a dá a si mesmo. Mas a ela deve obedecer. A consciência é o núcleo secretíssimo e o sacrário do homem onde ele está sozinho com Deus e onde ressoa sua voz.

Presente no coração da pessoa, a consciência moral lhe impõe, no momento oportuno, fazer o bem e evitar o mal. Quando escuta a consciência moral, o homem pode ouvir Deus, que lhe fala. Em tudo o que diz e faz, o homem é obrigado a seguir fielmente o que sabe ser justo e correto. A dignidade da pessoa humana implica e exige a retidão da consciência moral. A consciência permite assumir a responsabilidade dos atos praticados. O homem tem o direito de agir com consciência de liberdade a fim de tomar pessoalmente as decisões morais. A consciência deve ser educada e o juízo moral esclarecido A educação da consciência é uma tarefa de toda a vida, ela garante a liberdade e gera a paz do coração.

Algumas regras:
Nunca é permitido praticar o mal para que resulte dele um bem.
A 'regra de ouro': Tudo aquilo que quereis que os homens vos façam, fazei-os vós a eles
A caridade respeita sempre o próximo e sua consciência.

Textos bíblicos: Colossenses (Cl 3,1-17); Lucas (Lc 24,29); Tessalonicenses (1Ts 4,1-8); Romanos (Rm 8,26).

Questionamentos:
Por que Deus colocou no coração do homem o desejo de ser feliz?
O que é livre-arbítrio?
Ser livre significa dizer que o homem pode fazer tudo o que quiser?
Quando somos verdadeiramente livres?

"O homem é dotado de razão e or isso é semelhante a Deus: Foi criado livre e senhor de seus atos". (santo Irineu).

Catequese com Adultos - OS NOVÍSSIMOS - O purgatório; a Parusia

O Purgatório

Aqueles que morrem na amizade de Deus, mas ainda com as cicatrizes dos pecados cometidos, sofrem um estado de purificação, a fim de chegar à alegria eterna "A Igreja denomina Purgatório esta purificação final os eleitos, que é completamente distinta da do castigo dos condenados." (CIC, §1031).
O purgatório é um estado de purificação para onde vão os que já tem a garantia de ir para o céu, mas que ainda devem se purificar de alguma falta Não se trata de um lugar intermediário entre o céu e o inferno, mas de um estágio necessário para que a alma seja purificada e possa alcançar a bem-aventurança celeste.

Um texto claro é o de 2Mc 12,39-46, em que é apresentado Judas Macabeu recolhendo uma coleta para mandar celebrar um sacrifício para o perdão dos pecados dos soldados mortos Tal atitude revela a crença na necessidade de purificação depois da morte. Estas almas que padecem podem ser ajudadas pelas orações dos demais fiéis, pelas obras de misericórdia e, principalmente pelo Sacrifício Eucarístico Por isso, a Tradição da Igreja sempre honrou a memória dos mortos, buscando pela comunhão dos santos auxiliá-los a alcançar a visão beatífica de Deus.

"É um dever de amor e gratidão para cada cristão rezar pelos seus parentes e amigos defuntos por obras de piedade - oração do terço, da Vida-Sacra, uma Santa Missa - de Penitência, como sejam mortificação e sacrifícios, ou por obras de caridade".

A Parusia.

A Parusia é a Segunda vinda de Jesus, na qual Ele virá gloriosamente Isto acontecerá no fim dos tempos, quando o Reino de Deus chegará à sua Plenitude. Neste momento, Deus reunirá todos os povos de todos os tempos para o Juízo Final. Após este Juízo, os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo será renovado. Nesse "universo novo" (Ap 21,5) a Jerusalém Celeste, Deus terá a sua nova morada entre os homens "Enxugará toda lágrima de seus olhos, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor e nem dor haverá mais. Sim! As coisas antigas se foram!" (Ap 21,4).

Esta renovação misteriosa transformará a humanidade e o mundo.

A Sagrada Escritura a chama de "céus novos e terra nova" (2Pd 3,13). "Por isso, a criação aguarda ansiosamente a manifestação do Filho de Deus. Pois a criação foi sujeita à vaidade (não voluntariamente), mas por vontade daquele que a sujeitou, todavia com a esperança de ser também ela libertada do cativeiro da corrupção, para participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Pois sabemos que toda a criação geme e sofre como que dores de parto até o presente dia. Não só ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos em nós mesmos, aguardando a adoção, a redenção do nosso corpo." (Rm 8,19-23)

Haverá então a realização definitiva do projeto de Deus de "reunir, sob um só chefe, Cristo, todas as coisas, as que estão no Céu e as que estão na terra" (Efésios). Nesse "universo novo" (Ap 21,5) Deus terá a sua nova morada entre os homens. "Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição". (Ap 21,4).

Para o homem, esta consumação será a realização última da unidade do gênero humano, querida e amada por Deus desde a criação. Os que estiverem unidos a Cristo formarão a comunidade dos reunidos, a Cidade Santa de Deus, a Esposa do Cordeiro (cf. Ap 21,2-9). Esta não será mais ferida pelo pecado, pelas impurezas, pelo amor-próprio, que destroem ou ferem a comunidade terrestre dos homens. A visão beatífica, na qual Deus se revelará de maneira inesgotável aos eleitos será a fonte inexaurível de felicidade, de paz e de comunhão mútua. E, então, Deus será "tudo em todos" (1Cor 15,28).

CATEQUESE - OS NOVÍSSIMOS - O CÉU, O INFERNO

O CÉU

O Céu é a vida perfeita numa comunhão de amor e vida com a Santíssima Trindade, a Virgem Maria, os anjos e todos os bem-aventurados. não é um local entre as nuvens, mas um estado reservado à todos aqueles que acolheram em plenitude os frutos da redenção realizada por Cristo, e que estão perfeitamente incorporados a Ele. "Os que morrem na graça e amizade de Deus, perfeitamente purificados, vivem para sempre com Cristo São para sempre semelhantes a Jesus, porque o vêem "tal como ele é. (1Jo 3,2), "face a face" (1Cor 13,12)." CIC, § 1023)

Na glória do Céu, os bem-aventurados continuam a cumprir com alegria a vontade de Deus em relação aos outros homens e à criação inteira. É o lugar da eterna felicidade onde habitam os justos junto de Deus É como está escrito: "coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (1Cor 2,9).
Pouco antes de morrer, Santa Teresinha declarou firmemente: "Passarei o meu céu fazendo o bem sobre a terra", pois já estava plena da posse, pela fé, pelas obras e, sobretudo pelo amor a Bom Deus, da continuação de sua missão como instrumento no cumprimento da vontade do Pai
A Sagrada Escritura nos dá a certeza de que o Senhor espera os salvos com uma grande festa, na qual a alegria não mais acabará: "... Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus, mesmo estará com eles. Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição." (Ap 21,3-4).

O Inferno

Apesar de todos os seres humanos terem sido criados por Deus e para Ele, é possível ao ser humano fazer uma livre adesão contra seu Criador, afastando-se definitivamente da bem-aventurança eterna. Esta condição da alma eternamente afastada de Deus é o que a doutrina da igreja chama de inferno Trata-se da triste realidade para os que caminharam afastados de Deus pelo pecado. É um estado de total infelicidade. É viver eternamente sem Deus, sem amar e ser amado A alma percebe que Deus é o Bem Maior, mas por sua livre vontade o rejeita e sabe que estará para sempre afastada de Deus.
Só a aversão voluntária a Deus, que é o pecado mortal, e persistindo nela até o fim, leva a alma a essa condição de condenação, pois Deus não predestina ninguém ao castigo eterno. "As almas dos que morrem em estado de peado mortal descem imediatamente após a morte aos infernos, onde sofrem as penas do inferno, 'o fogo eterno', (Mt 13,41-42). A pena principal do inferno consiste na separação eterna de Deus, o Único em quem o homem pode ter a vida e a felicidade para os quais foi criado e as quais aspira." (CIC, § 1035). Sendo assim, o homem deve usar responsavelmente a sua liberdade visando seu destino eterno, respondendo ao apelo de entrar pela porta estreita da conversão.

O ensinamento da Igreja afirma a existência e a eternidade do inferno. No Novo Testamento temos a revelação clara do inferno João Batista anuncia o Messias como aquele que "tem na mão a pá, limpará sua eira e recolherá o trigo ao celeiro. As palhas, porém, queimá-las-á num fogo inextinguível" (Mt 3,12).

Cristo nos revela com clareza a existência do inferno e nos adverte "VIGIAI". O demônio não desistiu de conseguir a perdição de nenhum homem, de nenhuma mulher, de ninguém, seja qual for o lugar que ocupe e a missão que tenha recebido de Deus. Esta verdade é revelada já no Antigo Testamento e, no Novo, Cristo falou-nos do castigo preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25,41); do sofrimento dos servos maus que não cumpriram a vontade do seu senhor (Mt 24,60-51); das virgens néscias que se viram sem o azeite das boas obras quando chegou o "Esposo" (Mt 25,1-13); dos que se apresentavam sem o traje nupcial ao banquete de casamento (Mt 21,1-14); dos que ofenderam gravemente os seus irmãos (Mt 5,22); do rico e Lázaro (Lc 16,19-31).
"Eu não morro, entro para a vida" (Sta Terezinha do menino Jesus)

Próxima postagem: O Purgatório; A Parusia.

Catequese com Adultos - OS NOVÍSSIMOS- Morte, Juízo, Céu, Inferno, Purgatório, Parusia

"Nada temas ante o que hás de sofrer Por estes dias o demônio vai lançar alguns de vós na prisão, para pôr-vos à prova. tereis tribulações durante dez dias. Sê fiel até a morte e Eu te darei a coroa da vida" (Ap 2,10).

Visando orientar e esclarecer nossa caminhada para o fim último (DEUS), a Igreja nos fala sobre os Novíssimos, ou seja, o que nos ensina, prudentemente, a doutrina católica sobre os acontecimentos finais referentes à vida humana


NOVÍSSIMOS - A Morte; O Juízo; O Céu; O inferno; O Purgatório; A Parusia.

A Morte

A palavra morte geralmente lembra sentimentos tristes, dor, separação, entre outros. A experiência cotidiana do ser humano com esse tipo de termo, comumente o afasta de qualquer tipo de desejo por essa realidade. E isso é natural, pois fomos criados para a vida e não para a morte. À luz da fé, a morte entrou na humanidade como consequência do pecado, que se iniciou no pecado original. Porém, em Jesus Cristo a morte foi derrotada no alto da cruz, passando a ter um novo sentido, que é o da ressurreição, (cf. Sb 1,13-15; 2,23-25). Jesus, o Filho de Deus, sofreu livremente a morte por nós em uma submissão total e livre à vontade de Deus seu Pai. Por sua vontade Ele venceu o pecado e a morte, abrindo assim a todos os homens a possibilidade da salvação (Mistério da Redenção).

A morte é onde se dá a separação entre o corpo e a alma. Deus não é o autor da morte. Foi o homem que usando mal a liberdade que Deus lhe deu, pecou e ao pecar permitiu que a morte entrasse no mundo. Assim, "a morte é o fim da peregrinação terrestre do homem, do tempo da graça e da misericórdia que Deus oferece para que realizemos nossa vida segundo Seu projeto e para que seja decidido nosso destino último." (CIC, §1013). Para quem tem fé, a morte é a passagem deste mundo para o Pai. Ensina-nos ainda o catecismo da igreja Católica que "morremos uma só vez" (Hb 9,27). Assim sendo, não voltaremos mais a outras vidas terrestres. Não existe "reencarnação" depois da morte. "Além de tudo, há entre vós e nós um grande abismo, de maneira que, os que querem passar daqui para vós, não o podem, nem os de lá passar para cá" (cf. Lc 16,19-31).

O Juízo - Particular.

O que se segue da morte? - "Está estabelecido para os homens que morram uma só vez, e depois segue o juízo" (Hb 9,27)
Durante a vida, o homem tem um tempo aberto ao acolhimento ou à recusa da graça divina manifestada em Cristo A morte põe fim a este tempo. Quando o homem morre, ele parte deste mundo e entra na eternidade Haverá, então, o Juízo Particular (que coloca sua vida em relação à vida de Cristo, seja através de uma purificação, seja para entrar de imediato na felicidade do céu, seja para condenar-se de imediato para sempre") (CIC pág 246), imediatamente depois da morte, em função das obras e da fé de cada um. Neste momento, o homem recebe na sua alma imortal, a retribuição eterna daquilo que praticou em vida, sendo definido de sua alma vai para o Céu, Purgatório ou Inferno
Não há uma ação violenta de Deus, mas simplesmente a alma terá plena consciência do que foi sua vida terrestre, e, assim, seguirá para junto de Deus (Céu), para longe da presença de Deus (Inferno) ou ainda para um estágio de purificação (Purgatório)
No Novo Testamento, encontramos textos que fazem referência ao destino último da alma, que pode ser diferente para uns e outros; como por exemplo, na parábola do pobre Lázaro (Lc 16,22-23), e nas palavras de Cristo na cruz ao bom ladrão (Lc 23,43) e, ainda (2Cor 5,8; Fl 1,23; Hb 9,27) falam, de um destino último da alma (Mt 16,26)

O Juízo - Universal

O Juízo Universal ou Final acontecerá por ocasião da vinda gloriosa de Cristo (Parusia).Somente o Pai sabe o dia e a hora em que esse Juízo acontecerá. Ele será precedido pela ressurreição de todos os mortos, dos justos e dos injustos (At 24,15). "Será a hora em que todos os que repousam nos sepulcros ou virão sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição de vida; os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de condenação" (Jo 5,28-29) Então, Cristo "virá em sua glória, e todos os anjos com Ele. E serão reunidas em sua presença todas as nações, e Ele há de separar os homens uns dos outros, como o pasto separa as ovelhas dos cabritos, e porá as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda E irão estes para o castigo eterno, e os justos irão para a Vida Eterna" (Mt 25,31-3346)
Neste Juízo ser´-a revelado até as últimas consequências o que cada um tiver feito de bem ou deixado de fazer durante sua vida terrestre Diante de Cristo, que é a verdade, será desvendada definitivamente a verdade sobre a relação de cada homem com Deus (CIC, § 1039). Sendo assim, toda a humanidade será submetida ao grande julgamento de Deus

O Juízo - Final

Revelará que a justiça de todas as injustiças cometidas por suas criaturas que seu amor é mais forte do que a morte. "A mensagem do Juízo Final é apelo à conversão enquanto Deus ainda dá aos homens 'o tempo favorável, o temo da salvação.' (2Cor 6,2). O Juízo Final inspira o santo temor a Deus. Compromete com a justiça do Reino de Deus Anuncia a 'bem-aventurança esperança' (Tt 2,13) da volta do Senhor, que 'virá para ser glorificado na pessoa de seus santos e para ser admirado na pessoa de todos aqueles que crerem' (2Ts 1,10)." (CIC, §1041).

Próxima postagem. O Céu, O Inferno. O Purgatório, A Parusia.




quinta-feira, 4 de abril de 2013

A Ele a Glória


Alfa, Ômega, princípio e fim,
sim, Ele é, sim Ele é.

Lírio do vale, estrela da manhã
pra sempre cantarei o Seu louvor

A Ele a Glória
a Ele o Louvor,
a Ele o domínio,
Ele é o Senhor.
(Eugenio Jorge-CD frutos)

JESUS SACRAMENTADO

Santíssimo Sacramento
(música Gilberto Prata) CD Adoremos2.

Aqui viemos para te louvar. Teu Santo nome nós queremos exaltar,
pois só Tu és mui digno de louvor. Vamos glorificar a Deus nosso Senhor.

Tu és meu Senhor, só Tu és o Altíssimo.
Glórias e louvores daremos ao Santíssimo.

Em tuas mãos queremos colocar toda alegria, toda dor e sofrimento, e nos momentos mais
difíceis exaltar o Diviníssimo, Santíssimo Sacramento.

Todo joelho então se dobrará com a presença do Divino Sacramento
Somente Ele poderá nos libertar,
Vamos nos entregar a Deus neste momento.