Jo 3,13-17 "Assim
Deus amou o mundo: a ponto de dar o seu Filho unigênito, para que não morra
todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna". Jesus nos é dado pelo Pai
como sinal de um amor generoso. Na mesma linha de amor até o fim, Jesus chega
ao dom da vida na cruz por nós. É nesse dinamismo de amor que o discípulo é
convidado a entrar. Isso só é possível se comermos o fruto da árvore da cruz: o
amor que redime nosso coração ferido. Sintamo-nos amados, queridos por Deus. Sem esse amor-fonte que nos precede, cansaremos logo. Pensar
no movente de fundo das escolhas de Jesus, pode nos ajudar a sairmos da
estreiteza de um amor cheio de medidas para amar mais. O "mundo",
amado por Deus, continua necessitando ser ajudado a reconhecer-se amado. Esse
amor chegará ao mundo mediado pelo coração dos discípulos, aqueles que aceitam
viver uma existência cruciforme.
Jo 19,25-27: "JUNTO
À CRUZ DE JESUS ESTAVA DE PÉ SUA MÃE". Este fato é cheio de significado.
Quem tem coragem de ficar ‘junto à cruz de Jesus’? Não há como ficar ‘junto’
sem completar na carne algo dessa entrega. Ficar “junto à cruz de Jesus” não é
somente ficar num lugar físico, é uma escolha de vida plena de consequências.
Nossa natural fuga da dor encontra nesse ícone formado pela Mãe, o Filho e o
discípulo um quadro impactante. O que está acontecendo ali? Pessoas cuja confiança vai além da dor; bebedores do “cálice” que o Pai
preparou. O discípulo está ali pra receber tudo que o seu Senhor Crucificado
lhe deixar como legado. O que deixa? Deixa o sangue redentor, deixa o
testemunho de ser consequente com a entrega, deixa a Mãe; ele deixa a Mãe para
o discípulo! Por que a confia ao discípulo? A Mãe é a crente que, em estágio
máximo, vive a co-entrega. Eis a nossa missão: entregar-nos com Cristo, por
Cristo e em Cristo ao Pai em favor de seu Corpo, a Igreja; isso a Virgem Maria
já viveu.
Fonte: Pe. José Otácio Oliveira Guedes.
Fonte: Pe. José Otácio Oliveira Guedes.
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